sábado, fevereiro 11, 2006
Recuerdos
Começou com minha vontade de organizar algo que não é organizado por falta de tempo ou vontade. Qualquer coisa servia. Sabe, eu não tinha o que fazer, tava chovendo lá fora, só escutar Beatles não fazia mais sentido quando descobri que posso escutar um cd e fazer um trabalho manual ao mesmo tempo (mudou minha vida). Aí fui organizar meus ingressos. Todos. Começou com os danificados deste ano (o com nome da peça errado e a fitinha da Maratona). Fui pro ano passado, arranjar um lugar pra eles. Troquei os de 2004, os de 2003, deixei os de 2005 onde estavam (o mais gordinho) e já separei espaço pros de 2006.
Me perguntei onde estariam os anteriores. Mentira total. Me perguntei foi se a vontade era o suficiente pra abrir o bauzinho e pegar as agendas antigas pra pegar os ingressos delas. Era. E foi aí que o caminho degringolou todo.
Abrir agenda antiga é um perigo. É trabalho pra tarde chuvosa mesmo, mas, vejam bem, tarde, não noite, quando vc está pronta pra ir comer com a família e em seguida bater o ponto msnístico. Você encontra comentários seus dos quais sente vergonha, lembra d histórias que te trazem as mais diversas reações e sente uma saudade imensa das pessoas tão citadas nas páginas.
Éramos quatro. Daí, passamos a cinco. Depois, quatro novamente. Cinco de novo. No meio de tudo isso, muitas muitas muitas brigas. Parece que teve mais briga que momentos de afeto. Vai ver essa é a minha lembrança porque eu era a mais fodida do grupinho, minha auto-estima praticamente não existia nessa época. A manda-chuva era a Ana Cecília, que conhecia Deus e o mundo (claro que era só o povo do colégio, não era todo o mundo assim, mas, sabe, a Ilha é pequena, conhecer o colégio todo, lá, já é conhecer todo o mundo) e tinha a Thaís e a Fernanda, amissíssimas uma da outra e a Fernanda era também hiper amiga da Ana. Quando surgiu a Clarissa, parecia que a Ana ia perder o posto dela e teve briga. Lembro muito bem disso. Bom, a Clarissa sumiu do mapa (não, não somos assassinas, ela deve estar no Orkut da vida). Fizemos amizade com o Rodrigo e o Diego. Eu e Ana gostávamos do Rodrigo. Fernanda ficou com o Rodrigo. Brigamos. Voltamos às boas. Me tornei grande amiga do Rodrigo. A Carol apareceu. Gente finíssima, super contente. Nos dávamos muito bem. Não lembro mais quais foram as brigas (pulando a parte das bruxas) e nem lembro direito qual foi o estopim pra separação definitiva da Ana e da Thaís (que nunca se deram lá muito bem), porque eu não tava mais estudando com elas, mas sei que não se falam até hoje. E a Fernanda teve uma filhinha, Anna Beatriz. E a Carol faz enfermagem. E a Ana, Letras (não comigo). A Thaís, não sei. Os meninos, muito menos.
O negócio é que deu saudade do tempo no qual os meninos faziam parte da nossa rotina. Claro, quando tudo tava bem, antes de qualquer rolo. Ficávamos nas mesinhas conversando até tarde e lembro de uma vez o Diego tentando convencer a gente de que fatorial era muito fácil (a gente devia tá na 7ª -eles eram mais velhos não sei quantos anos). Lembro do Rodrigo passando lá em casa pra conversar e de quando ele tocava "Last Kiss" nos shows dele, sem nem precisar dizer que era pra mim ("pra uma pessoa muito especial"), porque todo mundo já sabia que eu amava essa. Lembro de mim e da Ana lá em casa (na Ilha), comentando o quão fofo ele era. Eu e Carol seguindo ele pra descobrir onde ele morava. Lembro uma vez, quando a Fe tava muito triste, chorando e tal e ninguém queria fazer algo por ela; eu fui falar com ela e só de olhar pra mim, ela caiu na gargalhada e me agradeceu, feliz. As idas na casa da Ana, os "estudos" lá em casa...
A idéia original agora é ligar pra cada uma e marcar algo, to disposta até em ir lá na Ilha só pra ve-las. Mas sei que amanhã já vou acordar com preguiça...
Me perguntei onde estariam os anteriores. Mentira total. Me perguntei foi se a vontade era o suficiente pra abrir o bauzinho e pegar as agendas antigas pra pegar os ingressos delas. Era. E foi aí que o caminho degringolou todo.
Abrir agenda antiga é um perigo. É trabalho pra tarde chuvosa mesmo, mas, vejam bem, tarde, não noite, quando vc está pronta pra ir comer com a família e em seguida bater o ponto msnístico. Você encontra comentários seus dos quais sente vergonha, lembra d histórias que te trazem as mais diversas reações e sente uma saudade imensa das pessoas tão citadas nas páginas.
Éramos quatro. Daí, passamos a cinco. Depois, quatro novamente. Cinco de novo. No meio de tudo isso, muitas muitas muitas brigas. Parece que teve mais briga que momentos de afeto. Vai ver essa é a minha lembrança porque eu era a mais fodida do grupinho, minha auto-estima praticamente não existia nessa época. A manda-chuva era a Ana Cecília, que conhecia Deus e o mundo (claro que era só o povo do colégio, não era todo o mundo assim, mas, sabe, a Ilha é pequena, conhecer o colégio todo, lá, já é conhecer todo o mundo) e tinha a Thaís e a Fernanda, amissíssimas uma da outra e a Fernanda era também hiper amiga da Ana. Quando surgiu a Clarissa, parecia que a Ana ia perder o posto dela e teve briga. Lembro muito bem disso. Bom, a Clarissa sumiu do mapa (não, não somos assassinas, ela deve estar no Orkut da vida). Fizemos amizade com o Rodrigo e o Diego. Eu e Ana gostávamos do Rodrigo. Fernanda ficou com o Rodrigo. Brigamos. Voltamos às boas. Me tornei grande amiga do Rodrigo. A Carol apareceu. Gente finíssima, super contente. Nos dávamos muito bem. Não lembro mais quais foram as brigas (pulando a parte das bruxas) e nem lembro direito qual foi o estopim pra separação definitiva da Ana e da Thaís (que nunca se deram lá muito bem), porque eu não tava mais estudando com elas, mas sei que não se falam até hoje. E a Fernanda teve uma filhinha, Anna Beatriz. E a Carol faz enfermagem. E a Ana, Letras (não comigo). A Thaís, não sei. Os meninos, muito menos.
O negócio é que deu saudade do tempo no qual os meninos faziam parte da nossa rotina. Claro, quando tudo tava bem, antes de qualquer rolo. Ficávamos nas mesinhas conversando até tarde e lembro de uma vez o Diego tentando convencer a gente de que fatorial era muito fácil (a gente devia tá na 7ª -eles eram mais velhos não sei quantos anos). Lembro do Rodrigo passando lá em casa pra conversar e de quando ele tocava "Last Kiss" nos shows dele, sem nem precisar dizer que era pra mim ("pra uma pessoa muito especial"), porque todo mundo já sabia que eu amava essa. Lembro de mim e da Ana lá em casa (na Ilha), comentando o quão fofo ele era. Eu e Carol seguindo ele pra descobrir onde ele morava. Lembro uma vez, quando a Fe tava muito triste, chorando e tal e ninguém queria fazer algo por ela; eu fui falar com ela e só de olhar pra mim, ela caiu na gargalhada e me agradeceu, feliz. As idas na casa da Ana, os "estudos" lá em casa...
A idéia original agora é ligar pra cada uma e marcar algo, to disposta até em ir lá na Ilha só pra ve-las. Mas sei que amanhã já vou acordar com preguiça...
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Pois é, preguiça por tudo no mundo. Pra rever amigos, pra protestar contra qualquer coisa, pra birgar, pra namorar e daí por diante. Esse é o pior mal da humanidade.
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